sexta-feira, 30 de julho de 2010

O que me faz te amar!

o que mais me faz te amar tanto é ter a certeza que você sabe esperar. Sabe que um minuto depois da briga, você vai me olhar com esses olhos sorrindo e eu vou retribuir com um beijo demorado. Sabe que depois que eu sair batendo a porta vou voltar com a cerveja que você mais gosta. Sabe que eu demoro pra entender que estou amando alguém, mas que seu eu te amar vai valer a pena. Sabe esperar eu falar te amo, tão demorado, mas tão sincero. Sabe esperar eu fechar o livro pra poder falar comigo, por que eu detesto ser interrompida quando estou lendo. Sabe esperar eu cantar o refrão que me alegra tanto, para dizer que seu dia foi muito bom. Sabe esperar eu escolher o que quero depois de ler o cardápio inteiro por que sabe que eu não gosto de chamar o garçon. Sabe esperar meu mal humor passar por que vai valer a pena depois. O mais me faz te amar tanto é que você soube esperar para me dar o primeiro beijo, por que percebeu que eu gosto da paquera. Soube esperar minha timidez inicial passar, por que sabia que teria o sorriso aberto que lhe fez me enxergar primeiro. O que mais me faz te amar tanto é que você sabe tudo sobre mim por que soube esperar pra me conhecer sem eu ter que te dizer uma só palavra sobre quem eu sou.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Novos ares

Estou sufucando com o mesmo ar rodando nesse apartamento pequeno. Abrir as janelas já não é suficiente. Preciso de novos ares, mesmo que sejam ares que eu conheça, mas que estejam esquecidos. Ou ares que eu sei o que é, mas não conheço de verdade. Para respirar a atitude de sair do apartamento é importante, mas ela tem que ser diária, mesmo quando não se pode sair. Hoje tomei providências para respirar novos ares em alguns meses, agora preciso manter a lógica de seguir respirando até encher os pulmões com o que há de novo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Não adianta.

Se você nunca entende, não tem como eu ensinar. Se não entende os sinais, tão pouco vai entender o meu adeus. Se não percebe que 5 vezes seguidas não recupera o tempo perdido, não adianta nem começar. Se acha que um aspecto preenche todos, nunca vai conseguir preencher meu vazio. Se não sabe escrever, não adianta eu soletrar

Qual a fórmula?

Quando se tem 21, nos sentimos mais próximos aos 18 e tudo é uma possibilidade nova e uma oportunidade de aproveitar mais um pouco. Desemprego é mudança de ares até o próximo emprego. Dinheiro dos pais é obrigação. Fim de namoro é liberdade para sair. Férias são prolongadas por mais de mês. Um não é aprendizado. E o choro é para exorcizar e seguir em frente. Apenas quatro anos depois, começamos a nos sentir próximos aos 30 e tentamos agarrar todas as oportunidades como se fosse uma possibilidade única. O desemprego é falência mental e financeira. Dinheiro dos pais é um empréstimo que fere o bolso e o orgulho. Fim de namoro é um recomeço longo e dolorido para uma nova relação. Férias são vendidas em troca de dinheiro. Um não as vezes parece o fim. E o choro? O choro é desespero que deve ser contido para conseguir continuar caminhando. O que mudou tanto em quatro anos que as expectativas se tornaram tão deprimentes? Importa mesmo esse tal de registro que contêm a data em que nascemos? Como manter a inocência de acreditar que tudo pode melhorar um dia com o pé no chão para conquistar o que se deseja? Se alguém souber me avisa.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Fica sempre.

Como pode mudar assim tão de repente? Em questão de minutos o que era azul ficou cinza. Como assim, sem perceber, o sorriso ficou tão triste? Uma dor que eu não posso imaginar. Não aconteceu nada, nada comigo e com os meus, mas de ver o que já se passou na minha vida e pensar que pode ser muito pior se for com você, o que era alegria virou sofrimento profundo. Por favor. Jura, jura por tudo em que você acredita, jura que não vai embora.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

?

Enquanto o único choro que podia ser declarado estava velado, todos os outros disputavam para ver quem sangrava mais. Uma disputa tão grande, que não fez notar a falta de um abraço que o choro velado precisava. Por que ter que gritar a dor, se ela é única? Se lágrimas fossem sinônimo de apreço, atrizes mexicanas seriam as melhores mães, irmãs, tias, primas, avós e amigas do mundo. Na minha racionalização também se encontra o mesmo sentimento que suas lágrimas despejam e deixam ir embora.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Cadê sua voz?

O que acontece com a sua voz que não muda de tom nem em momentos como esse? O que acontece que o volume é sempre igual, mesmo quando eu estou gritando tão alto que não consigo te ouvir? O que acontece com ela que nunca fica embargada ? Por que ela não falta nunca? Me irrita essa voz de mesmo tom, mesmo volume, mesma emoção. Onde está o seu problema? é na sua voz ou no seu coração?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Precisando

Eu preciso de algo novo e excitante. Qualquer coisa que eu não conheça, e não saiba onde e como vai terminar. Preciso de ser surpreendida, e que isso ocorra sem ter que dar explicações. Alguém que entenda o tempo de dizer sim e dizer não, e principalmente que não diga muito talvez. Preciso de uma nova aventura que possa durar pra vida inteira ou que dure o tempo de uma lembrança eterna. Alguém que faça rir e chorar, mas rir muito mais para esquecer a dor. Preciso de urgência e de menos intenção, o que eu preciso agora é de atitude, de um alguém que entenda que o que eu preciso é tudo o que eu quero pra ficar tudo bem.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nem vem que não tem

Não existe inveja boa, nem amigo de segunda-feira. O que vale é a intenção por trás da atitude, e não tem telefone depois da meia noite. Não existe palavra voltada atrás sem consequência, nem amor vivido na prudência. O que conta é o que você diz sobre o que fez, e não têm não que seja talvez. Não existe de vez em quando, nem quase amor que é só pranto. O que é não é o que se deseja, o que é, é o que se fez para que seja.

Conversa amiga

Eu devia ter acordado ontem quando o texto veio inteiro a mente. Estava pronto. Era só escrever, mas eu preferi dormir. Preferi terminar o dia sorrindo, lembrando da conversa jogada fora, das sugestões de como ficar melhor, da sinceridade absoluta, da cerveja gelada no dia mais frio ainda. Fazia tempo que não conversava com uma amiga. Atualmente é jogar conversa fora. Ontem jogamos conversa dentro. Ela, a conversa, mesmo as coisas pequenas, tiveram um propósito, nada foi em vão, tudo saiu do raso e ganhou outra perspectiva. Conversa de amiga tem outro significado. Quando você pode falar sem julgamentos e entender que é só uma parte de um sentimento inteiro, não desvaloriza o total que se sente. Eu devia ter acordado ontem e hoje teria dois textos, mas não teria a lembrança exata de como é bom saber que tem a conversa amiga, mesmo quando ela fica distante por muito tempo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Bar solidão!



Em qualquer lugar, quando menos espero ela parece. Vêm sem pedir licença, muitas vezes sorrateira, mas quase sempre avassaladora. Não dá chance pra me prevenir e não escolhe nenhum lugar. Não escolhe definição e motivo prévio. Qualquer oportunidade ela agarra pra se aconchegar. Fica horas, dias, meses, como visita indesejada que não quer ir embora nem com vassoura atrás da porta. Ela é sínica e tranparente. Me deixa ver e entender todas suas razões, mas não deixa uma brecha pra eu solucionar. Talvez seja apenas translúcida, e essa transparência é um sopro de ilusão para se agarrar. Muito inteligente ela faz caminhos antes não visitados e para escapar dela é bom ser gênio em labirinto. Mas me pegar aqui, enquanto a música toca, a moça me olha, o casal se beija, o garoto tenta, as luzes estão baixas, e a intenção nem é minha? No bar? No bar não! Me deixa! Espera chegar em casa de meia com chinelos. Adia um pouco essa visita. Eu juro que é só o tempo de chegar em casa, lá você pode morar, mas aqui me deixa viver um pouco e rir da felicidade alheia.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Tempos de amor líquido.

Em tempos de amor líquido, como esperar que sejam sólidas as promessas rotineiras? Palavra não significa mais compromisso assumido, é somente um monte de letras amontuadas que dão significados dúbios sujeitos a interpretações diversas. O ser livre é levado as últimas consequências e torna todas as relações líquidas. Elas podem escorrer do copo a qualquer momento, e na maioria das vez não entra boca a dentro satisfazendo a sede, é derrama no chão infértil de concreto duro. Não serve mais pra nada, vai evaporar com o calor e dissipar no meio de outras relações derramadas. Em tempos de amor líquido, sólido vale mais que ouro e é tão valorizado que acaba se perdendo no poder da escolha e torna-se líquido também.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Conforto e paz!

A diferença é uma quadra pra direita e uma pra esquerda. Da paz eu enxergo dentro do conforto, e do conforto eu enxergo a paz. Mas o conforto não tem paz. No conforto tem gritaria, tem batuque, tem bêbados ao longe no fim da noite, jogos sentados até o amanhecer, problemas sérios, problemas inventados, ruído da rotina, ruído de buzina, muito carro e moto pra perturbar. Na paz o conforto também parece paz, o jogo sentado parece intelectual, o bêbado parece um incomprendido a passear, não existe problemas e o barulho é só do mar. Nada saiu do lugar, tudo continua igual, do jeitinho que estava no conforto, mas a perspectiva é outra. Na paz tudo é paz, mesmo o que não se encontra nela. Que pena que a luz acaba no fim do dia e o conforto se faz necessário para enxergar a paz do outro lado da quadra.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

!!!

O que nos leva escolher um e não o outro? O que nos leva dizer sim e não? O que nos leva fazer coisas com arrependimentos instantâneos? O que nos leva a priorizar uma escolha e não a outra? O que nos leva fazer e não fazer? O que nos leva parar e seguir? Eu não sei a resposta pra nada. Sei que as vezes queria um e não o outro, queria não e sim pra depois, queria não ter arrependimento, mas não é assim. Então sigo fazendo certo e errado e torcendo e aprendendo pra errar menos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Gangorra

O que me cansa é não conseguir mudar de brinquedo no parquinho. Essa gangorra já machucou meus joelhos cansados, meu deu náuseas e agora bateu uma tontura terrível, mas quando eu chego no chão não consigo descer, o outro lado já me puxa pra cima. Aos olhos dos outros eu me passo por fraca e sem garra pra colocar os pés no chão e pular para fora da gangorra. Eles acham que eu não percebo os olhares de desaprovação, mas ninguém conhece o peso que está do outro lado da gangorra, por enquanto, ele ainda é mais forte do que eu. Treino todo dia para conseguir ficar mais inteligente e vencer a força do outro lado. Enquanto isso, tem dias que eu aproveito o vento lá em cima, e as vezes torço para ter mais 2 segundos embaixo para conseguir saltar.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Larga o telefone

Não é ser cafajeste, mas me deixa sentir saudades, esquece meu telefone uma semana e me surpreende. Quem sabe assim eu goste de verdade, e queira você todo dia ao meu lado. O começo é complicado, não é pra fazer jogo, mas controla a ansiedade, ela diz muito de você, ela diz de uma parte que não me interessa, quero alguém de alma tranquila, de rosto sereno, de sorriso aberto e de telefone esquecido. Quero ter saudades pra achar que só tem parte boa, mas você ligando a toda hora me mostra só o que eu não gosto. Larga esse telefone em casa e me deixa esperando uma ligação, liga na hora certa e aí eu juro que o travesseiro é seu.