segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Esqueci de planejar o hoje!

Por muito tempo acreditei, ou fingi acreditar por que aí está uma boa forma de se enganar, mas, garanto, ela não dura muito tempo, que o problema estava na forma como eu levava a vida. Pensei que teria que mudar o modo de levar a vida para minha vida poder mudar e, por mais insano que isso possa parecer, é a mais pura verdade. Muita gente faz isso sem se dar conta. Planeja mudanças para poder mudar. Isso soa tão incoerente quando se escreve, se fala, quando sai pelos ares que o impulso é de conter a vontade, de reprimir para não fazer papel de bobo. Eu mesma fiz isso durante muito tempo, fiz isso para mim mesma. Não tinha coragem de dizer que planejava mudanças na minha vida para que conseguisse mudar a minha vida. Durante muito tempo criei planos e metas, ah as metas elas são um capítulo a parte, por que nos prende de tal maneira que em certo momento nossas metas são acabar com as metas e viver as realizações, o grande problema é que em tempo de resoluções do final de ano todos se reinventam em metas para tentar se reinventar. Durante muito tempo planejei comer de três em três horas e parar de beber para em seis meses acabar com 15 kilos de uma só vez. Planejei ir a academia 5 vezes por semana para em três meses ver músculos aparecendo para sustentar o meu joelho. Planejei aprender inglês em 5 anos para conseguir emprego dois meses depois de formada. Planejei viajar para aprender inglês, por que não consegui na meta dos cinco anos que viraram doze, para voltar e conseguir o trabalho que também não consegui depois de 4 anos de formada. Planejei cursar quatro anos de jornalismo para conseguir falar o que eu pensei durante 22 anos. Planejei me especializar em um ramo da fotografia para conseguir um emprego que me desse dinheiro para em um ano eu conseguir fotografar o que eu quisesse. Planejei tanto para conseguir cumprir minhas metas que acabei vivendo um plano. Acabei esquecendo de planejar de viver. Não cabia nas minha metas o hoje, sempre só o amanhã. Estava sempre planejando o agora para poder viver no futuro. Hoje, quando decidi escrever e não planejar, percebi que se eu viver vou conseguir no futuro todos os meus desejos. Se eu acordar todo dia e comer de três em três horas e ir para academia, vou estar mais cansada e não vou querer beber toda sexta, sábado e domingo. Se eu comer de três em três horas, for para academia e não beber todo final de semana eu vou conseguir emagrecer muito mais do que os quinze quilos, os músculos não vão só aparecer como vão ser o sustento de um joelho que vai me levar para as coisas que eu fico planejando fazer quando melhorar e outras tantas que eu nem conheço ainda. Se eu começar a trabalhar não vou precisar do inglês para eu conseguir um emprego e com o dinheiro que vou ganhar vou poder viajar só para curtir o inglês ou os ingleses. Se eu começar a falar o que penso não vou precisar cursar outra faculdade que me permita dizer o que ficaria guardado por mais 22 anos sem poder sair por uma porta que esteve sempre tão escancarada. Se eu começar a fotografar o que eu gosto vou aprender a fotografar tudo e vou poder viver da minha fotografia sem ter que me especializar em ramos que eu não gosto só para ter dinheiro para fotografar o que eu amo. Percebei que metas são para empresas, logo elas que sempre foram o oposto do que eu sou e eu estava seguindo de forma tão fervorosa. Percebi que se viver hoje, amanhã e depois, vou estar cumprindo minhas metas todos os dias sem precisar planejar nada por que elas já vão ser, não serão.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Constatações

é quando você ouve em palavras o que você já sentia é que tem certeza que é realidade. Se materializa o que não é palpável e começa virar um problema, uma solução ou apenas uma realidade. `as vezes é um problema, `as vezes não tem solução, mas quase sempre é apenas realidade. Saber que faz parte de você e viver bem com isso para não virar um problema sem solução é que diferencia um otimista de um derrotado.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Reflito, não sou reflexo.

Querem me dizer o que eu sou, como ando, como aparento ser, como deveria aparentar, o que tenho que permanecer, o que tenho que mudar, o que sou boa, o que sou ruim. Querem me dizer como viver, como dançar, como falar, como amar, como fotografar, como caminhar, como comer, como beber, como beijar, como lembrar, como esquecer, como ser. Querem tanto, que fazem isso diariamente, insanamente, sem parar um só minuto. Por muito tempo conseguiram o que queriam. Conseguiram acreditar que o desejo deles era o que eu era. Conseguiram que eu fosse como eles queriam que eu bebesse, falasse, amasse, dançasse, fotografasse, beijasse, caminhasse, e fosse. Eles me transformaram em um reflexo do desejo deles, acabei sendo aquilo que eles queriam que eu fosse, mas não sou reflexo, sou espelho. Eu fui feita para refletir, para iluminar, para mostrar, para fazer sorrir, para fazer chorar, para fazer amar, para fazer odiar. Apaguei a luz deles para acabar como o reflexo e liguei a luz em mim para refletir o que sou.


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Difícil de resistir.

Dificuldade é diária e constante. Amizade é conquista constante. Amigos que são dificuldade constante são só uma dificuldade, se perdeu o sentido da amizade. Vale a pena lutar todo dia para ter um amigo quando se luta sozinha? Acredita na luta diária para quase tudo na vida, mas quando o outro não quer ser conquistado não tem amizade que resita!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Fui!!!

Começou!!! Eu vou, que venha atrás quem tem interesse, quem não tem que morra parado, sem correr atrás nem na frente.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

tem nêgo na roda.


By Elisabete Ferreira

Quem é de roda comece a rodar com o som do trio que comanda a volta. Quem não sabe bate palma. Bate palma para participar da ciranda de coisa boa. Negro gira e pula pro alto e no fim termina no chão em duas mãos. Nunca caí é sempre pra cima por que roda quando menino e hoje já sabe jogar. Jogo nosso, jogo negro, jogo claro, jogo ligeiro. Roda a roda e bate palma e prepara a voz pra começar a cantar.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sem interesse

Interesseiros me desinteressam, são desinteressantes, previsíveis, se acham inteligentes, mas sempre agem de maneira padronizada, de maneira que você também cria um padrão quando tem que viver com eles. Quem tem que viver com interesseiros se faz de burro, de desinteressante, de previsível para poder deixar que eles sobrevivam em seus personagens fracos de final de história sempre igual. Sabe o que acontece? Eu não sou interesseira, faço o que me faz bem por que quero e faço o bem a quem eu quero, e isso não é interesse é legítimo e por isso acabou minha paciência de fingimento. Me desculpem os interesseiros, mas não farei mais parte do seu jogo, decidi que, mesmo aqueles que invariavelmente terão que estar ao meu lado durante uma vida inteira, saberão que são interesseiros e que comigo não mais serão.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Falador passa mal!

Como apenas diga: O telefone toca e do outro lado dizem: "oi, aqui é Maria, a jornalista que trabalhou contigo. Então, não é fofoca mas, eu queria que você soubesse da palhaçada que aconteceu. não é fofoca mas, acho que você tem o direito de saber a maneira como fui tratada. não é fofoca mas, o que acertaram com você? por que o que fizeram comigo foi um absurdo. não é fofoca mas é só você ficar ligada com a Joana por que ela é péssima, quer derrubar mesmo, mas, por favor, não pense que é fofoca."
Como apenas diga eu digo: Se eu não pensava que não era fofoca na terceira vez que você repetiu me fez crer o contrário. Se não era fofoca por que dar detalhes sobre coisas que eu não perguntei? Se não era fofoca por que perder seu tempo me fazendo perder o meu tempo ouvindo coisas das quais eu nunca questionei?
Como apenas diga eu aconselho: Vamos brincar de cuidar cada um da própria vida, batido né? Mas já é tão difícil cuidar de uma vida, imagina de várias.
Ah, não é fofoca

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

colocada à prova

Não tem prova que seja fácil, mesmo que seja aquela do seu estudo eterno. Não tem prova que não crie expectativa de um resultado satisfatório. Não tem prova que não decepcione quando a nota é baixa. Não tem prova que não prove que tudo pode ser feito de novo.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Simples!

Cansei de gente que complica. Complica o amor, inventa dor, reclama o ócio, esbraveja o trabalho, dificulta as palavras, prioriza o desgosto e esquece o sabor.
Cansei de quem não facilita para ter o que dizer. Cria histórias cheias de desamores por não saber amar. Só aprendeu a chorar por que não sabe sorrir. Mais uma vez, eu repito, simples, quero pessoas simples, que saibam o valor da simplicidade e como ela é muito mais interessante e complexa.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Inebria

O cheiro das suas palavras me inebria e me faz enxergar a beleza dos seus pensamentos. Não existe nada mais belo do que os seus olhos quando fala sobre seus sonhos. Seu rosto se ilumina em canção e você é a figura mais linda do planeta quando me conta o que faz. é tanto amor que sai pela sua boca que só posso sentir amor quando te escuto. Quando te ouço quero sua boca falando mais e sem falar nada.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Se para o poeta as palavras estão além dos seus significados, se elas tem que se prestar a essa função, para os mortais, `as vezes, elas são somente aquilo que elas são. Não adianta complicar o que é simples.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dodói.

Quando a gente se machuca é assim. A gente se dá o direito de se sentir triste, de ter preguiça, de não querer fazer nada. Quando alguém machuca a gente é assim. A gente chora, ouvi música no repeat e acha que não vai melhorar. Quando a gente machuca alguém é assim. A gente lamenta, se arrepende, injuria e diz que não vai mais machucar. Por que então, a gente sempre repete os mesmo erros que nos fizeram machucar, volta com as mesmas pessoas que nos machucaram e descarrega a dor em aqueles que se deixam machucar?

sábado, 18 de setembro de 2010

Seu gosto!

Seu gosto amargo se confunde com o meu café gelado. Eu deitado torço para o leiteiro chegar.
O pão ficou preto
A geleia azedou
A ideia passada,
omelete virou
Se o leite atrasa:
O pingado vem mais frio
O mingau já é tardio
O amor acabou.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Meio termo.



By Elisabete Ferreira

Estou tentando achar um meio termo entre as noites de mojitos e os chás da tarde. O problema é que o bicho pega nos sambas do meio dia. Nas cervejas geladas servidas com boa música e conversa agradável. O problema é que depois do samba o chá da tarde do dia seguinte fica amargo e serve para curar a voz que se acabou no dia anterior. O problema é que fico na dúvida eterna entre ser radical para moderar ou moderar sempre para não ter que ser radical nunca. O problema é que eu sempre resolvo os problemas desorganizado para organizar. Levei muito ao pé da letra e me perco quando tenho que organizar metade e deixar a outra metade para depois.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

outro lugar


Preciso olhar do alto para um lugar que vai chegar
Um lugar diferente que seja ainda mais belo do que visto de cima.
Um lugar novo que me dê outra perspectiva
Um lugar que crie expectativas e surpreenda
Um lugar que não seja o meu agora, mas pode virar meu depois.
Outro lugar qualquer.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Minha janela

By Elisabete Ferreira

Tenho tanta sorte de sempre ter uma vista linda a cada janela nova que eu abro. As janelas mudam e no começo me sinto triste e nostálgica com a falta que a vista antiga me fazia. Então, eu olho pela janela de novo e encontro um mundo novo com outra vista maravilhosa. Como tenho sorte de poder olhar de novo e de novo pela mesma janela e sempre encontrar uma vista diferente. Mesmo quando já olhei todos os dias.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Minha dor ou minha fé

Ninguém sabe de longe se isso que sinto faz parte da resignação das minhas crenças ou do sofrimento de acreditar em tudo isso. Ninguém sabe se o pensamento é de renúncia ou de sapiência. Ninguém, nunca, vai entender a diferença entre a dor de acreditar e a dor de viver com o que se acredita. Ninguém vai entender por que nem ao menos eu entendo. Então me deixa sentar aqui e viver com minha dor e minha fé sem julgamentos que não vão me explicar nada.


By Elisa de Paula

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Não me faça perguntas das quais não quer resposta!

Não me faça perguntas das quais não quer resposta. Pode me perguntar tudo sobre o que eu não quero. Eu não quero muitas coisas durante o dia que a noite me fazem tão bem. Não me faça perguntas das quais não quer resposta. Me faça perguntas das quais eu não sei as resposta. Adoro aprender mais. Você pode me ensinar um dia, eu posso aprender sozinha no outro. Não me faça perguntas das quais não quer resposta. Me faça perguntas constrangedoras. O constrangimento diário me ensinou a ser safa. Não me faça perguntas das quais não quer resposta. Pode me perguntar sobre coisas que não tem sentido. Coisas sem sentidos são as que, no fim das contas, me parecem mais sensatas. Não me faça perguntas das quais não quer resposta. Me pergunte amenidades. As coisas do dia-a-dia podem soar lindas se faladas e indagadas por quem se ama. Não me faça perguntas das quais não quer resposta. Para essas não tem solução. Tudo que eu disser vai te ferir. Tudo que for resposta vai magoar. Tudo sobre essas perguntas você não quer, então não pergunte.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Não me vale nada se não for você

E aí eu disse pra ele: "não vale nada que não me deixe dormir do jeito que eu gosto. não vale nada que não me deixe acordar pensando bom dia. não me vale nada se não puder dizer que sim e que não, e de vez em quando talvez. não me vale nada se não puder sorrir no final de ter cumprido todas minhas obrigações. não me vale nada se não houver sorriso sincero. não me vale nada se não for apertado. não me vale nada se não leal. não me vale nada sua fidelidade sem tesão diário, amor sincero e sorriso espontâneo. não me vale nada seu amor se não for verdade. não me vale nada se não for você."

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Não é segredo!

Não existe segredo entre duas pessoas. Ele já foi contado pelo menos uma vez. Segredo é aquilo que só você sabe. Não contar uma promessa feita entre duas ou mais pessoas não é segredo, é uma promessa. Prometeu-se não contar e por isso não se conta, mas não é segredo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Em breve

Só estou diminuindo o ritimo para saber o que é e o que não é. Quem sou e o que sou. O que faço para ser quem sou. Estou diminuindo o ritimo para poder acelerar em uma sequência mais cadenciada, coerente. Estou "organizando pra desorganizar". Só mesmo um gênio pra definir tudo em uma frase. Nada mais a declarar.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pra que?

Eu costumo me relacionar melhor no trabalho com homens. Homem fala o que pensa e não é pra você chorar, é a verdade. A sensação de se sentir impotente, burra, limitada é uma das piores, mas se você assume o seu erro, assume que não sabe essa sensação se acaba rápido. Se você fala pra um homem: "Eu não sei fazer isso. Estou te dando trabalho" e ele responde: "Sim, está me dando trabalho, mas vamos resolver isso". Olha que simples. Ele não disse que você é burra, que não serve para o trabalho, que vai ser um estorvo, que não é a funcionária ideal. Ele só disse a verdade. Realmente você está dando trabalho. Mas se você também fala a verdade e pede ajuda, a sensação de impotência passa rápido. Logo, depois de tudo resolvido, ele dá a lição: "pronto, agora você aprendeu uma coisa nova". é isso, se compartilhamos a verdade aprendemos alguma coisa. Agora, se fosse uma mulher do outro lado, talvez tudo seria diferente, talvez ela pensaria tudo isso e você começaria o trabalho com uma marca, isso porque mulheres tendem a complicar tudo. Para que? No final, fica só complicação, não se aprende nada.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Segunda-feira

Minha cama parece o céu de algodão doce

Na rede o balanço me leva a outro lugar

Nada pensa, nada fala

O dia amanheceu azul e cinza

Frio e preguiçoso segiu até agora

O dia está parecendo noite

Mas as obrigações são de claritude e não de escuridão

Nomes tem força transformadora

E o nome de hoje já se formou nublado

Tudo seria perfeito se hoje se chamasse ontem

Nada é perfeito.

Tenho que comer o algodão doce rápido

E o balanço tem que me jogar pra fora do cinza chumbo.

Não queria te chamar, mas já é segunda-feira

Tenho que continuar

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Para onde estamos indo?

Para onde estamos indo? Não, o problema não são as marginais sem sinalizações adequadas. Para onde estamos indo? Para um retrocesso de punição que diz educar? Eles querem nos educar através de medidas e leis punitivas, enquanto o cuidado e atenção que deveriam ser dados a educação de fato, essa que nos garante estudar de maneira digna, com professores capacitados, colégios bem equipados, acesso a informação, orientação sobre novos assuntos, arte e cultura disponível para toda a população, nos são negados.

Abandono afetivo, lei contra palmada, estatuto do torcedor, censura em pró dos políticos. Eles querem nos dizer como educar, como amar, como torcer, mas não nos deixam dizer como acreditamos e queremos que sejamos governados: de maneira decente, honesta, justa e íntegra. Me sinto, de novo, cursando a terceira sério do ensino fundamental em escola pública, quando me entupiam de deveres, pois não tinham professores suficientes para cumprirem meus diretos. é isso, eles estão nos enchendo de deveres, para esquecermos dos nossos direitos. Nos preocupamos tanto em que rua podemos circular, que propaganda podemos fazer, que praias podemos visitar, como devemos educar nossos filhos, como devemos cuidar de nossos avós, como devemos torcer, que esquecemos que devemos exigir o direito de nos expressar sem censuras, de ter acesso a livros, música, arte, educação, cultura, direito a ter o que comer no prato, direito de ter o que vestir, de ter onde dormir, direito de ter escolha, livre arbítrio. Se nos tratassem com dignidade e respeito, teriamos consciência e entendimento de todos os nossos direitos e deveres e não precisariam dizer o que já faria parte de nós mesmos: o fundamental é o bom senso e a educação.

2 sílabas

Como duas sílabas podem me paralisar dessa maneira? Elas nem foram faladas dessa vez, só estão escritas de maneira que nem são para mim, e mesmo assim eu não consigo me desconectar dela para fazer oq devo. Me pego pensando que já faz muito tempo que eu a conheço e por isso deveria saber lhe dar melhor com ela. Que nada, tolice, não consigo manter um raciocínio, qualquer, minha mente se torna meu coração e eu me pergunto: duas sílabas são capazes de tudo isso?

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O que me faz te amar!

o que mais me faz te amar tanto é ter a certeza que você sabe esperar. Sabe que um minuto depois da briga, você vai me olhar com esses olhos sorrindo e eu vou retribuir com um beijo demorado. Sabe que depois que eu sair batendo a porta vou voltar com a cerveja que você mais gosta. Sabe que eu demoro pra entender que estou amando alguém, mas que seu eu te amar vai valer a pena. Sabe esperar eu falar te amo, tão demorado, mas tão sincero. Sabe esperar eu fechar o livro pra poder falar comigo, por que eu detesto ser interrompida quando estou lendo. Sabe esperar eu cantar o refrão que me alegra tanto, para dizer que seu dia foi muito bom. Sabe esperar eu escolher o que quero depois de ler o cardápio inteiro por que sabe que eu não gosto de chamar o garçon. Sabe esperar meu mal humor passar por que vai valer a pena depois. O mais me faz te amar tanto é que você soube esperar para me dar o primeiro beijo, por que percebeu que eu gosto da paquera. Soube esperar minha timidez inicial passar, por que sabia que teria o sorriso aberto que lhe fez me enxergar primeiro. O que mais me faz te amar tanto é que você sabe tudo sobre mim por que soube esperar pra me conhecer sem eu ter que te dizer uma só palavra sobre quem eu sou.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Novos ares

Estou sufucando com o mesmo ar rodando nesse apartamento pequeno. Abrir as janelas já não é suficiente. Preciso de novos ares, mesmo que sejam ares que eu conheça, mas que estejam esquecidos. Ou ares que eu sei o que é, mas não conheço de verdade. Para respirar a atitude de sair do apartamento é importante, mas ela tem que ser diária, mesmo quando não se pode sair. Hoje tomei providências para respirar novos ares em alguns meses, agora preciso manter a lógica de seguir respirando até encher os pulmões com o que há de novo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Não adianta.

Se você nunca entende, não tem como eu ensinar. Se não entende os sinais, tão pouco vai entender o meu adeus. Se não percebe que 5 vezes seguidas não recupera o tempo perdido, não adianta nem começar. Se acha que um aspecto preenche todos, nunca vai conseguir preencher meu vazio. Se não sabe escrever, não adianta eu soletrar

Qual a fórmula?

Quando se tem 21, nos sentimos mais próximos aos 18 e tudo é uma possibilidade nova e uma oportunidade de aproveitar mais um pouco. Desemprego é mudança de ares até o próximo emprego. Dinheiro dos pais é obrigação. Fim de namoro é liberdade para sair. Férias são prolongadas por mais de mês. Um não é aprendizado. E o choro é para exorcizar e seguir em frente. Apenas quatro anos depois, começamos a nos sentir próximos aos 30 e tentamos agarrar todas as oportunidades como se fosse uma possibilidade única. O desemprego é falência mental e financeira. Dinheiro dos pais é um empréstimo que fere o bolso e o orgulho. Fim de namoro é um recomeço longo e dolorido para uma nova relação. Férias são vendidas em troca de dinheiro. Um não as vezes parece o fim. E o choro? O choro é desespero que deve ser contido para conseguir continuar caminhando. O que mudou tanto em quatro anos que as expectativas se tornaram tão deprimentes? Importa mesmo esse tal de registro que contêm a data em que nascemos? Como manter a inocência de acreditar que tudo pode melhorar um dia com o pé no chão para conquistar o que se deseja? Se alguém souber me avisa.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Fica sempre.

Como pode mudar assim tão de repente? Em questão de minutos o que era azul ficou cinza. Como assim, sem perceber, o sorriso ficou tão triste? Uma dor que eu não posso imaginar. Não aconteceu nada, nada comigo e com os meus, mas de ver o que já se passou na minha vida e pensar que pode ser muito pior se for com você, o que era alegria virou sofrimento profundo. Por favor. Jura, jura por tudo em que você acredita, jura que não vai embora.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

?

Enquanto o único choro que podia ser declarado estava velado, todos os outros disputavam para ver quem sangrava mais. Uma disputa tão grande, que não fez notar a falta de um abraço que o choro velado precisava. Por que ter que gritar a dor, se ela é única? Se lágrimas fossem sinônimo de apreço, atrizes mexicanas seriam as melhores mães, irmãs, tias, primas, avós e amigas do mundo. Na minha racionalização também se encontra o mesmo sentimento que suas lágrimas despejam e deixam ir embora.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Cadê sua voz?

O que acontece com a sua voz que não muda de tom nem em momentos como esse? O que acontece que o volume é sempre igual, mesmo quando eu estou gritando tão alto que não consigo te ouvir? O que acontece com ela que nunca fica embargada ? Por que ela não falta nunca? Me irrita essa voz de mesmo tom, mesmo volume, mesma emoção. Onde está o seu problema? é na sua voz ou no seu coração?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Precisando

Eu preciso de algo novo e excitante. Qualquer coisa que eu não conheça, e não saiba onde e como vai terminar. Preciso de ser surpreendida, e que isso ocorra sem ter que dar explicações. Alguém que entenda o tempo de dizer sim e dizer não, e principalmente que não diga muito talvez. Preciso de uma nova aventura que possa durar pra vida inteira ou que dure o tempo de uma lembrança eterna. Alguém que faça rir e chorar, mas rir muito mais para esquecer a dor. Preciso de urgência e de menos intenção, o que eu preciso agora é de atitude, de um alguém que entenda que o que eu preciso é tudo o que eu quero pra ficar tudo bem.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nem vem que não tem

Não existe inveja boa, nem amigo de segunda-feira. O que vale é a intenção por trás da atitude, e não tem telefone depois da meia noite. Não existe palavra voltada atrás sem consequência, nem amor vivido na prudência. O que conta é o que você diz sobre o que fez, e não têm não que seja talvez. Não existe de vez em quando, nem quase amor que é só pranto. O que é não é o que se deseja, o que é, é o que se fez para que seja.

Conversa amiga

Eu devia ter acordado ontem quando o texto veio inteiro a mente. Estava pronto. Era só escrever, mas eu preferi dormir. Preferi terminar o dia sorrindo, lembrando da conversa jogada fora, das sugestões de como ficar melhor, da sinceridade absoluta, da cerveja gelada no dia mais frio ainda. Fazia tempo que não conversava com uma amiga. Atualmente é jogar conversa fora. Ontem jogamos conversa dentro. Ela, a conversa, mesmo as coisas pequenas, tiveram um propósito, nada foi em vão, tudo saiu do raso e ganhou outra perspectiva. Conversa de amiga tem outro significado. Quando você pode falar sem julgamentos e entender que é só uma parte de um sentimento inteiro, não desvaloriza o total que se sente. Eu devia ter acordado ontem e hoje teria dois textos, mas não teria a lembrança exata de como é bom saber que tem a conversa amiga, mesmo quando ela fica distante por muito tempo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Bar solidão!



Em qualquer lugar, quando menos espero ela parece. Vêm sem pedir licença, muitas vezes sorrateira, mas quase sempre avassaladora. Não dá chance pra me prevenir e não escolhe nenhum lugar. Não escolhe definição e motivo prévio. Qualquer oportunidade ela agarra pra se aconchegar. Fica horas, dias, meses, como visita indesejada que não quer ir embora nem com vassoura atrás da porta. Ela é sínica e tranparente. Me deixa ver e entender todas suas razões, mas não deixa uma brecha pra eu solucionar. Talvez seja apenas translúcida, e essa transparência é um sopro de ilusão para se agarrar. Muito inteligente ela faz caminhos antes não visitados e para escapar dela é bom ser gênio em labirinto. Mas me pegar aqui, enquanto a música toca, a moça me olha, o casal se beija, o garoto tenta, as luzes estão baixas, e a intenção nem é minha? No bar? No bar não! Me deixa! Espera chegar em casa de meia com chinelos. Adia um pouco essa visita. Eu juro que é só o tempo de chegar em casa, lá você pode morar, mas aqui me deixa viver um pouco e rir da felicidade alheia.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Tempos de amor líquido.

Em tempos de amor líquido, como esperar que sejam sólidas as promessas rotineiras? Palavra não significa mais compromisso assumido, é somente um monte de letras amontuadas que dão significados dúbios sujeitos a interpretações diversas. O ser livre é levado as últimas consequências e torna todas as relações líquidas. Elas podem escorrer do copo a qualquer momento, e na maioria das vez não entra boca a dentro satisfazendo a sede, é derrama no chão infértil de concreto duro. Não serve mais pra nada, vai evaporar com o calor e dissipar no meio de outras relações derramadas. Em tempos de amor líquido, sólido vale mais que ouro e é tão valorizado que acaba se perdendo no poder da escolha e torna-se líquido também.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Conforto e paz!

A diferença é uma quadra pra direita e uma pra esquerda. Da paz eu enxergo dentro do conforto, e do conforto eu enxergo a paz. Mas o conforto não tem paz. No conforto tem gritaria, tem batuque, tem bêbados ao longe no fim da noite, jogos sentados até o amanhecer, problemas sérios, problemas inventados, ruído da rotina, ruído de buzina, muito carro e moto pra perturbar. Na paz o conforto também parece paz, o jogo sentado parece intelectual, o bêbado parece um incomprendido a passear, não existe problemas e o barulho é só do mar. Nada saiu do lugar, tudo continua igual, do jeitinho que estava no conforto, mas a perspectiva é outra. Na paz tudo é paz, mesmo o que não se encontra nela. Que pena que a luz acaba no fim do dia e o conforto se faz necessário para enxergar a paz do outro lado da quadra.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

!!!

O que nos leva escolher um e não o outro? O que nos leva dizer sim e não? O que nos leva fazer coisas com arrependimentos instantâneos? O que nos leva a priorizar uma escolha e não a outra? O que nos leva fazer e não fazer? O que nos leva parar e seguir? Eu não sei a resposta pra nada. Sei que as vezes queria um e não o outro, queria não e sim pra depois, queria não ter arrependimento, mas não é assim. Então sigo fazendo certo e errado e torcendo e aprendendo pra errar menos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Gangorra

O que me cansa é não conseguir mudar de brinquedo no parquinho. Essa gangorra já machucou meus joelhos cansados, meu deu náuseas e agora bateu uma tontura terrível, mas quando eu chego no chão não consigo descer, o outro lado já me puxa pra cima. Aos olhos dos outros eu me passo por fraca e sem garra pra colocar os pés no chão e pular para fora da gangorra. Eles acham que eu não percebo os olhares de desaprovação, mas ninguém conhece o peso que está do outro lado da gangorra, por enquanto, ele ainda é mais forte do que eu. Treino todo dia para conseguir ficar mais inteligente e vencer a força do outro lado. Enquanto isso, tem dias que eu aproveito o vento lá em cima, e as vezes torço para ter mais 2 segundos embaixo para conseguir saltar.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Larga o telefone

Não é ser cafajeste, mas me deixa sentir saudades, esquece meu telefone uma semana e me surpreende. Quem sabe assim eu goste de verdade, e queira você todo dia ao meu lado. O começo é complicado, não é pra fazer jogo, mas controla a ansiedade, ela diz muito de você, ela diz de uma parte que não me interessa, quero alguém de alma tranquila, de rosto sereno, de sorriso aberto e de telefone esquecido. Quero ter saudades pra achar que só tem parte boa, mas você ligando a toda hora me mostra só o que eu não gosto. Larga esse telefone em casa e me deixa esperando uma ligação, liga na hora certa e aí eu juro que o travesseiro é seu.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Corra e olha o céu pela janela.

Olha quem está lá olhando o lugar de ontem. Ela vê o que está a frente e pensa em quem está longe. Ela procura um lugar comum, um passado reconfortante. Está tão triste que de costas me mostra o que eu não quero saber. O pensamento dela é único, ela não consegue esquecer. Se eu tivesse uma chance, uma forma de avisar. Era só ela virar de costas, sempre estive a lhe esperar.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Meu aniversário

Como eu não gosto de bolo, velinhas e muito menos o famoso parabéns `a você, o meu aniversário é uma interpretação livre do dia que eu decido que outro ano começou pra mim. Em setembro, apesar de ser o mês que eu mais gosto (tem flores saindo, o clima é de friozinho com sol, e tudo parece mais bonito), geralmente eu não curto o dia da minha festa, dizem que é o tal do inferno astral, que eu, particularmente, não acredito muito. Hoje parece o dia do meu aniversário. Quando você é lembrada por pessoas queridas, recebe ligações inesperadas, palavras de carinho, e até um te amo, assim de repente. Dia que você come o que mais gosta, ouve a música que te faz bem e tem esperança de grandes projetos novos. Parece muito o dia do meu aniversário. Surpresas do bem que preenchem o dia. Então tá bom, já entendi. Mais um ano começou pra mim.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sentir o que se sente




Que besteira tentar explicar e encontrar motivos para os sentimentos. O que se sente é tão diferente do que se é. O que se é sempre é o que se sente, mas o contrário nem sempre é verdade. Tentar entender dor, falta, vontade de nada, coberto na cara, telefone desligado, só um pãozinho, programa da tarde na tv, dormir até tarde. Não dá para querer mudar por que se sabe que é certo ou querer mudar se sente que não é agora. Só querer não é suficiente, só acreditar não basta, só lutar não vence. Render-se não é sinal de fraqueza. Render-se é um momento de pausa para se sentir o sentimento, entender o que se passou e seguir querendo, acreditando, lutando. Se deixar sentir todo dia um pouquinho do cada dia, não precisa parar para sentir tudo de uma vez.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Minha Geladeira

Minha geladeira não tem lâmpanda e o escuro só sai com a luz de fora

Não falta cerveja gelada para alegria

o vinho pra esquecer do dia

E a aguá pra ressaca da noite passada

Esta sobrando cerveja e faltando água

Minha geladeira fazia barulho pra funcionar direito

E eu já tinha me acostumado a dormir com o ronco do motor

Dizem que consertaram minha geladeira,

mas não consigo mais dormir com o silêncio da arrumação

Dizem que um dia passa, mas falta música vinda da minha cozinha

Minha geladeira está parecendo meu fogão

O meu fogão não me esquenta fica perto da lavanderia

Só sai sopa fria e omelete murcha

Meu sufle não cresce quando você vem

meu fogão não me dá conforto

ele é mudo e só sai fogo

Nada nele traz alegria ou cura ressaca

E o único barulho que sai é quando o gás xia

Quero vida na minha casa

Barulho na minha vida

Minha geladeira é velha e faz barulho

Mas é nela que encontro moradia.


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Vermelhou!

Mudei as cores da parede para um vermelho que não é paixão

Um vermelho que não é sangue, não é dor, não é amor, não é nada que você tem.

é um vermelho meio Frida, ou de algum filme de Almodovar, tá mais escuro porque aqui é assim, nem sempre é alegria o dia todo. Mas o vermelho não é pra você, por você, não é seu. é um vermelho de tudo que eu gosto, aquelas coisas que você nunca entendeu.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Entra!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Não pergunta muito. Entra!

Está aberta te esperando

Chega e pode entar

Não bate, não

Me pega de surpresa deitada na cama e se encaixa

Puxa a coberta e não tira a meia do pé

Está aberta te esperando

E faz tempo que assim está

Já te avisei que é só chegar

Não tem medo, nem vergonha

Eu quero e você também

Traz o café pra cama

Assim a gente fica bem

Está aberta te esperando

Enconstada pra não alarmar

O sinal é só pra você

Deixei avisado pra não se enganar

Fala baixinho pra eu ouvir de perto

E fica junto pra me esquentar

Está aberta te esperando

Vou manter assim só pra você

Ninguém mais sabe nosso segredo

Ele é seu pra meu você ser

Está aberta te esperando

Mas por favor não peça a chave

Já deixei um recado da porta aberta

Mas deixa minha segurança na gaveta

Preciso da chave que é só minha por que já me acostumei

Mas a porta aberta é toda sua, vem pra cá meu bem.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Eu quero coisas mais simples. Nada de cerimônias e conclusões mirabolantes. Quero dizer que sim, quando sim. Quero que entendam que é só não, quando não. Quero as palavras com seus significados de verdade e que deixem rolar dessa maneira. Apenas Diga.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vida Leve, por favor!


By Elisa de Paula

Enquanto eu tento levar uma vida leve

os outros lá foram transformam tudo em cena de cinema

Complicam as palavras para os gestos ficarem sem compreensão

Dizem que sim querendo dizer não

Enquanto eu quero levar uma vida leve

os outros lá fora criam histórias pra se entreter

Levam uma vida vazia e com os problemas tentam encher

Cantam a felicidade simples e choram ao anoitecer

Enquanto eu penso em levar uma vida leve

os outros lá foram fazem de tudo pra piorar

São tão medíocres em suas vidas que inventam coisas pra não chorar

Publicam imagens de gargalhadas distorcidas

Esperam comentários que mudem suas vidas

Enquanto eu tento levar uma vida leve

Os outros lá foram insiste em fazer mudar

Inventam, criam, imaginam, dizem, mas nunca ningúem veio me perguntar

por que eu só quero uma vida leve? por que vc já me faz pesar

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Parem as máquinas!

Parem as máquinas que a edição vai mudar de capa. A notícia mais importante agora vai ficar jogada entre os classificados e o obituário. Reescreveram o que aparece primeiro para o meio ter um final feliz.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Errado e certo

Meus joelhos já não são os mesmos e levantar da rede me custa muito. Tento criar esperanças de dias melhores em mudanças radicais e percebo que já se passaram muitos anos pra recomeçar. Sorrir pra disfarçar a dor já virou remédio fora do prazo de validade e o choro já não resolve a minha angústia. Quando perco alguém penso que vai ser pra sempre e que junto foi um pedaço de mim. Então eu percebo que é só me apoiar com as duas mãos que o impulso me tira da rede. A corrida matinal vai fortalecendo devagar meus joelhos já vividos. As mudanças acontecem devagar e diariamente pra serem duradouras, vista que nada é eterno. O sorriso agora é quando quero rir de mim mesmo e a gargalhada quando estou feliz. O choro é pra exorcizar e seguir em frente. E quando parece que perdi alguém, lembro dos que ficaram ao meu lado.O importante é começar de novo, se reiventar diariamente sem esquecer tudo que passou. O importante é ser feliz por ter dor e alegria, amor e desgosto, amigos e inimigos. O importante é ter tudo isso pra entender a importância de cada um. Feliz por ser humano, errado e certo.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nem para sempre, nem nunca mais.

No escuro lendo suas cartas é que percebo como as coisas bobas são as que eu mais gosto. São as que nos fizeram. Não foi o pedido de casamento pra família, a festa para todos os convidados, a lua de mel caríssima para Paris. Não foi o espetáculo de tango no grande hotel, nem aquele restaurante caro que eu sempre pedia. No escuro lendo os emails que me deixou para não morrer de saudade, percebo que o que nos fez, foi dançar no meio da rua na Argentina, fazer guerra de pão no avião, comer brigadeiro empelotado na panela, foi comer coxinha fria depois da nossa primeira noite de marido e mulher. No escuro lendo seus bilhetes me peguei gargalhando tanto que esqueci tudo que era claro e escuro lá fora. Só tinha aqui dentro, em letras e borrões manchados com o que já foram lágrimas. No escuro lendo o que passou percebo que o passado ao seu lado vai ser sempre meu presente. Você me deixou, mas junto deixou toda a nossa história de coisas bobas e lindas para eu conseguir viver com você ao meu lado para sempre.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Sem pose


By Elisabete Ferreira


Quando não posa é melhor

O sorriso natural da vontade de gargalhar

A mão no lugar errado vira lugar perfeito

Cabelo cobrindo o rosto mostra o gosto e o desgosto

Quando não posa é de verdade

é de primeira e não tem como imitar

A luz vira segundo plano e olhar é que ilumina

O corpo é extensão da alma e a pose não diz nada

Quando não posa é único

Um instante, um momento, um sorriso.

Não se repete, é captação da essência

é genuíno, é espontâneo é a foto pronta pra clicar.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Pra me perder




By Elisabete Ferreira


Tira esse olhar da cara 

Coloca um ponto nesse sorriso

E nem diz que hoje vem me amar

Para de olhar pro lado

Ela vai ligar pra você

Mas hoje é minha vez

Foi assim que você nos fez

Tem que ser um dia de cada vez

O cíume é nosso remédio

Ele sobra e é o único que vai continuar

Suas mentiras de amor acabam pela cama

Nos beijos elas são vaidades

Mas depois nem metira, nem verdade sua boca declara

Sobram as sobras dos meus sonhos

Os que você produz e mantem tão bem

Quando estamos escondidos 

Os amigos não sabem de nada

Acham que não sou sua namorada

Tentam me desiludir

é bobagem não há ilusão

As mentiras são só de amor

Todo resto é verdade

Nelas que encontro as respostas

Você mente por me amar

Eu minto por te querer

Você me ama pelos defeitos

Eu simulo sua bondade

Você me querer por não me ter

Eu te quero pra me perder.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Passou no samba


Passou do samba ao rock indie

Mudou rasteira e salto alto

Seu pé agora é mais perto do asfalto

E de carro que ela chega lá

Ela diz que é mais urbana

Meia calça e all star

A cidade agora é sua cia

é nela que ela dança e como sushi ao terminar

Passou do samba aos outros rítimos

Na pista é só se balançar

Não precisa de compasso 

e imita os outros passos pra parecer que é de lá

Passou do samba a outro som

Trocou cerveja por destilado

Nem precisa vir gelado

Tem que servir pra embreagar

Passou do samba a outra música

Em português mais nada canta

Outra língua virou seu mantra

Não entende quase nada mas agora se sente de lá

Passou no samba e ouvi o toque

Não resistiu e decidiu entrar

No pandeiro bateu a mão

O cavaco quem dava o tom

Pos o pé no chão e começou sambar

Passou no samba e abriu a porta

A cerveja vinha gelada

A morena cantava bem alto

E a loira tentava imitar

Passou no samba e se desfez

Ela vai ser urbana outra vez

Mas é no samba que ela vai terminar


terça-feira, 4 de maio de 2010

Só o espelho

O interesseiro é um hipócrita disfarçado de bom moço. Eles olham nos olhos e dizem as palavras certas. Dizem o que se padronizou como elegante e mantêm uma relação amistosa, agradável e amorosa. Não se engane, caro amigo. Ele não te ama. Ele se ama. E se para conseguir tudo o que precisa, ou que imagina precisar, ele tiver que fingir amor ao outro o fará sem dor. Ao final ele atingiu o próprio objetivo de amor eterno e pleno ao espelho. O interesseiro é um narcisista por natureza. Quer apenas satisfazer o próprio ego.
Não se engane com os sinceros. Aqueles que dizem o que pensam a qualquer prova. Ele está tirando o corpo fora. Sendo sincero, ele segue fazendo o que bem entende com a desculpa de ter anunciado o desastre antes. O segredo ainda está no equilibrio. É lá que encontro o repouso da realidade. Ninguém é tão bom ou tão mal. Mas se me fizerem fazer uma opção? Me desculpe os narcisistas, mas ainda prefiro a "crueldade" de uma verdade ao interesse velado em palavras esperadas.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tá difícil????

Tem motivo de ser cara e coroa. Não dá pra ser um lado só. Coroa só é por um momento, passa. Cara hoje Coroa amanhã dura. Tem motivo de ter dois lados. Um lado só fica faltando. Deve há, a, á um quando é um lado só. Tem que ser mais de uma lado pra ser redondo dos dois. Quadrado só dura um tempo. Tem motivo de valer gol ou bola. Uma hora um tem que ser gol, e o outro bola. Bola, bola, bola dá no saco. Tem que ser gol de vez em quando. Tem motivo de ser vencedor e perdedor. Quando só ganha não entende quem perde. Ninguém nunca só ganha, é bom saber ser perdedor, ás vezes melhor que ganhador. é bom saber que a moeda para no meio, mas nunca fica lá, tem que opinar, tem que conversar, tem que discutir, tem que decifrar, tem que decidir, tem que dialogar. é só questão de entendimento. Cada um tem sua cara. Eu sou mais coroa e por hoje quero cara. Amanhã sou é de cara, mas o que eu quero é coroa. é tão difícil de entender? Vaidade tem que ser pra quem entende, não pra quem tem. Amizade tem que ser pra quem aguenta, não pra tem entende, mas tem que entender pra ter. Pensar no outro tem que ser atitude, não discurso de reciclagem. Me valho pelas atitudes, as palavras se desfazem. Sou Cara e sou Coroa e jogo pro alto pra ver quem encara.