terça-feira, 27 de julho de 2010

Qual a fórmula?

Quando se tem 21, nos sentimos mais próximos aos 18 e tudo é uma possibilidade nova e uma oportunidade de aproveitar mais um pouco. Desemprego é mudança de ares até o próximo emprego. Dinheiro dos pais é obrigação. Fim de namoro é liberdade para sair. Férias são prolongadas por mais de mês. Um não é aprendizado. E o choro é para exorcizar e seguir em frente. Apenas quatro anos depois, começamos a nos sentir próximos aos 30 e tentamos agarrar todas as oportunidades como se fosse uma possibilidade única. O desemprego é falência mental e financeira. Dinheiro dos pais é um empréstimo que fere o bolso e o orgulho. Fim de namoro é um recomeço longo e dolorido para uma nova relação. Férias são vendidas em troca de dinheiro. Um não as vezes parece o fim. E o choro? O choro é desespero que deve ser contido para conseguir continuar caminhando. O que mudou tanto em quatro anos que as expectativas se tornaram tão deprimentes? Importa mesmo esse tal de registro que contêm a data em que nascemos? Como manter a inocência de acreditar que tudo pode melhorar um dia com o pé no chão para conquistar o que se deseja? Se alguém souber me avisa.

Nenhum comentário: