sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Cabelo, cabelos.
Sempre gostei de Cabelo, compridos de preferência, a ideia é ter mais para brincar. Nunca mexi neles para mudar a ponto de não ser reconhecida. Teve dias que gostei de cabelos lisos, cabelos enrolados, cabelos despenteados, cabelos repicados. Mas a cor eu mantive para saber que eram meus. Sempre tive dois medos bobos. Envelhecer e ter câncer. Ok. Você vai dizer que câncer não é um medo bobo, mas o meu motivo é: medo de perder os cabelos na quimioterapia. E envelhecer sempre me causou angústias por trazer os famosos fios brancos: terei que tingí-los. Fiz vinte e quatro e descobri no dia do meu aniversário um fio branco, não só a pontinha, o fio inteiro. De repente me dei conta que era inevitável. Um dia terei de tingi-los e nem por isso eles deixarão de ser menos meu ou menos eu. E para minha surpresa percebi que os cabelos crescem e se eu os perdesse poderia ganhar novos, mais vistosos, diferentes, talvez encaracolados. Descobri que os cabelos vão e vem e eu não preciso me preocupar com os que tenho porque todo dia eles crescem um pouquinho e mudam. Na verdade os cabelos que tenho hoje, já não são os mesmos de ontem.
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Um comentário:
Vc é fantástica amiga!
Sei que sempre falo isso, mas esse texto sim, eu adorei, mais do que qualquer um.
Tenho orgulho de ter uma amiga que escreve tão bem.
Parabéns.
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