sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Tentaram levar embora.

E me arrancaram o humor pela garganta como se a mim não o pertencesse. Vieram da forma mais baixa, em pose de vítima e tentaram tanto que levaram consigo o humor e a vontade de sair e ver o céu. Hoje tenho que ficar embaixo da cama com medo do bicho papão para não soltar os bichos em cima de quem se faz de morto. E agora me sinto desconfortável, onde sempre foi o lugar do meu conforto e retiro. Mas, eu juro, sim eu juro, só por hoje. Ninguém mais vai tomar o meu espaço de assalto e tentar determinar a maneira como devo viver. Ninguém mais vai levar meu humor embora como se a mim não pertencesse. Ele é meu e comigo permanecerá.

Minha fórmula do amor

Descobri a minha fórmula de encontrar o marido ideal. Não tem nada de extraordinário e exige apenas muito convívio com as rotinas do dia-a-dia.
Se depois de pegar a Marginal Tietê, ir até Interlagos na hora de pico, resolver problemas no cartório e no banco, tentar agendar um exame ( sim, tentar agendar. Por que primeiro você deve apertar cerca de 115 botões do teclado do celular e aguardar mais 30 minutos), em um dia de tpm eu chegar em casa e ele me fizer sorrir, nem preciso ouvir te amo.
Ele nem precisa fazer o petido. Me arrisco a ser precipitada e de joelho aos seus pés lhe pedir amor eterno. Quase lhe suplico para que se case.
Fácil. A fórmula está pronta, basta encontrar quem se encaixe!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Desabafo de último momento!

E eu vivo em um lugar onde importa mais o quanto você ganha, mais do que o quanto você ama o que faz. Te procuram pelo valor que você determina e esse valor é determinado por quem de "valor" você atende.

Muito mais importante do que fidelizar é criar cartela de clientes. O que se cria são clientes insatisfeitos e carentes de respostas simples que poderiam resolver problemas grandes.

Isso não é problema de uma só categoria, aqui em questão o médico, é um problema cultural. Todo mundo age a acumular bens e não entes queridos, pessoas importantes, amigos.

Assim, a promessa feita no começo vira apenas emergêncial. Ninguém se importa em fazé-la diariamente.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

E bastou um email. Um que nem falava minha língua, pra o grito vir a garganta. Um grito contido de tantas outras coisas, mas que se resumia em só um sim. O sim veio. E eu fui. Vou feliz, de coração, peito aberto. Vou esperando aprender, ensinar, rir, chorar, ser ainda mais feliz.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Abaixo ao jeitinho brasileiro!

A falta de educação, a corrupção, a malandragem e até mesmo o crime se tornam legítimos e aceitáveis em um país que cria uma expressão própria para amenizar tudo aquilo que age em causa própria.

O "jeitinho brasileiro" é um embutido de coisas escusas, que se valem por uma cultura que apoia formas de conseguir um objetivo burlando normas, regras, convenções e leis.

Como cobrar, esbravejar, se indignar e querer punir aqueles que agem de má fé, que corrompem, que roubam, que se impõe através do dinheiro, se o jeitinho brasileiro é aplicado por quase todo cidadão comum, que também sofre com a falta de punidade e educação ?

Para mim é uma via de mão dupla. Como exigir se não nos exigimos? Como pode se querer brigar pela extinção da corrupção, se as "caixinhas" para conseguir um lugar mais bacana, uma entrada facilitada ou um conforto qualquer garantido são usados sem discriminação por muitos?

Como pedir educação para os que se valem do dinheiro para manter o nariz em ponta e a arrogância em riste, se não respeitamos a fila do banco, o assento preferencial, o ouvido do outro?

O "jeitinho brasileiro", tão falado e difundido, ás vez até com um certo orgulho, é a síntese dos nossos políticos, empresários, dos "grandalhões" do sistema, dos que mandam, mas também dos que obedecem.

É preciso mudar a postura para exigir compostura dos outros. Criar uma outra imagem pro jeitinho brasileiro. A de alegria, descontração, da cultura vibrante, nova e efervescente.

Abaixo ao jeitinho brasileiro, pelo menos esse que já existe!