segunda-feira, 22 de agosto de 2011

amizades

Das amizades que o tempo se encarrega de afastar, tenho uma saudosa lembrança de todos os momentos de alegria e tristeza que passamos juntos.
Das amizades que a distância separa, tenho um desejo inquieto de um reencontro para abraçar e lembrarmos juntos o que sempre nos fez felizes.
Das amizades que estão por perto, mas não podem estar sempre presentes, aproveito cada minuto quando estou junto.
Das amizades de infância que se tornaram adultas com vidas diferentes, minhas memórias são de pular corda e os encontros um parquinho na praça.
Das novas amizades que fazemos pelo caminho, tenho uma torcida grande para que se tornem velhos amigos.
Das amizades de só dizer te amo, começo a desconfiar cada dia mais. Quero sentir te amo, não preciso ouvir te amo.
Das amizades intensas, de se ver e se ligar todo dia e que de repente desaparecem para satisfazerem apenas a própria vida, tenho um lamento gigante e a impressão que cada dia que passa preciso menos delas.
Das amizades que se dizem amigos, mas agem sempre por interesse, tenho desejo apagado de revé-los.
Das amizades que não precisam uma palavra por que o silêncio não é incômodo, das que o tempo não apagam, das que o interesse é um pelo outro, das que infância vira vida adulta juntos, das que te amo é sempre um gesto. Dessas eu tenho um cuidado imenso. Raras. Dessas eu quero fazer minha vida. De amizades de verdade.



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