quinta-feira, 13 de maio de 2010
Nem para sempre, nem nunca mais.
No escuro lendo suas cartas é que percebo como as coisas bobas são as que eu mais gosto. São as que nos fizeram. Não foi o pedido de casamento pra família, a festa para todos os convidados, a lua de mel caríssima para Paris. Não foi o espetáculo de tango no grande hotel, nem aquele restaurante caro que eu sempre pedia. No escuro lendo os emails que me deixou para não morrer de saudade, percebo que o que nos fez, foi dançar no meio da rua na Argentina, fazer guerra de pão no avião, comer brigadeiro empelotado na panela, foi comer coxinha fria depois da nossa primeira noite de marido e mulher. No escuro lendo seus bilhetes me peguei gargalhando tanto que esqueci tudo que era claro e escuro lá fora. Só tinha aqui dentro, em letras e borrões manchados com o que já foram lágrimas. No escuro lendo o que passou percebo que o passado ao seu lado vai ser sempre meu presente. Você me deixou, mas junto deixou toda a nossa história de coisas bobas e lindas para eu conseguir viver com você ao meu lado para sempre.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário