quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Brincar de gangorra
Já brincou de gangorra? E de balanço? Tem também o trepa-trepa. Adorava brincar nos três. Nunca percebi que todos tem uma coisa em comum. Eles sobem e desce. A diferença é o tempo que cada um leva e a dependência de cada um em se brincar só ou acompanhado. Nunca percebi também que eu brincaria disso pra sempre. No trepa-trepa o tempo é todo seu. O seu esforço é o que determina quanto tempo você levará para chegar no último ferro do brinquedo e quanto tempo você levará para descer e brincar de outra coisa ou começar tudo de novo. O balanço você brinca só e decide quando parar, mas não consegue definir quando estará lá no alto ou bem perto do chão, mas de qualquer forma tem o conforto de saber que pode parar quando se cansar e dar um mergulho na piscina. Agora a gangorra. Era a que eu mais gostava e hoje em dia ela me persegue. Me faz gostar e odiar. Você nunca pode brincar sozinho, o que é muito legal por que você sempre tem com quem dividir. Dividir o esforço e o sobe e desce. Mas por outro lado, você é totalmente dependente do outro. Se o outro decide parar, você cai. Na gangorra a hora que você acha que vai estar em cima, o outro decide que é hora de você descer. Na gangorra os planos não servem de nada se não forem compartilhados. O que você decide sempre depende do outro ou de outro. De outro fator que invariavelmente você não pode controlar. Esse brinquedo nos faz entender que não adianta planejar muito e viver para os planos por que se alguém decide sair da gangorra o plano acaba.
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Um comentário:
comparação inteligente...
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